“3/4 dos professores ingleses
reclamam da crescente dificuldade de concentração dos alunos. Quase todos os
pais entrevistados afirmam que os filhos gastam o triplo do tempo em frente a
uma tela em comparação com o que dedicam a um livro. Não concordo com os
especialistas que sugerem distribuir tablets aos alunos. Isso não resolve. A
única maneira de prender a atenção das crianças nos dias de hoje é ter
professores inspiradores. A tecnologia é fundamental e excitante, mas, sozinha
não identifica nem desenvolve talentos.”
- Susan Greenfield (entrevistada
pela revista Veja, 9 de Janeiro de 2013, p.15-17)
A partir do trecho acima levantamos as seguintes considerações...
As crianças e os jovens estão
cada vez mais fascinados pelas tecnologias, mas o progresso da sociedade não
depende apenas delas. A tecnologia vem para facilitar a vida, mas é essencial que
os estudantes saibam dos primórdios como as ideias foram se construindo, como
antes de aparecerem as máquinas computadorizadas quando o
homem conseguia lhe dar com as problemáticas.
O professor deve ser inspirador
sim, para o aluno é muito significativo quando o professor se adapta às
tecnologias quais seus alunos têm fascínio. O mais desafiador é saber e
incentivar aos indivíduos que eles utilizem dos meios tecnológicos como
ferramenta de auxilio na construção do conhecimento, mas não como substitutos
dos fundamentos.
Um exemplo da importância que a
tecnologia tem nas nossas vidas, por Jaime Carvalho e Silva da Universidade de
Coimbra em Portugal: “[...] não será fácil nem aconselhável resolver nas aulas
problemas numéricos de estatística, mesmo simples, sem o auxílio de máquinas de
calcular.” Uma das grandes dificuldades seria como integrar as tecnologias no
ensino da matemática, mas o primeiro passo seria sim inseri-las, despertando
mais interesse dos educandos.
O caso de oferta de tabletes para
os alunos deve ser analisado com bastante cautela, já que por si só não
ajudariam no desempenho escolar dos alunos, mas permitiriam um novo
encantamento na escola, pelos viés apresentados por José Manuel Moran em seu
texto publicado na revista Tecnologia Educacional, onde o mesmo aponta como
possibilidades interativas, o contato com a exterioridade do ambiente de
aprendizagem para obter melhor nível ou índice do conhecimento, rapidez na
pesquisa bibliográfica, dinamismo e inovação na comunicação entre os alunos na
troca e resolução de dúvidas. A eficiência da seletividade das informações é o
que preocupa os educadores, já que com todo o leque de opções, muitas vezes os
indivíduos não tem os critérios adequados e acabam selecionando o errôneo.
O processo ensino-aprendizagem e
vice-versa é dependente de numerosos fatores, e tratando do cem por cento
pedagógico conservatório e inspirador contra a relação às novas tecnologias, defendo
a ideia de MORAN (1995) “[...] fazer um uso libertador dessas tecnologias
maravilhosas e não um uso consumista, de fuga.”
Referência
MORAN, José Manuel. Novas
tecnologias e o re-encantamento do mundo (Publicado na revista Tecnologia
Educacional), Rio de Janeiro, vol.23, n.126, setembro-outubro de 1995, p.24-26.
SILVA, Jaime Carvalho. A Matemática,
a Tecnologia e a Escola – Universidade de Coimbra (Publicado no periódico
Educação e Matemática), n.71, janeiro-fevereiro de 2003, p.1-2.