quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Tecnologias x Ensino-Aprendizagem

“3/4 dos professores ingleses reclamam da crescente dificuldade de concentração dos alunos. Quase todos os pais entrevistados afirmam que os filhos gastam o triplo do tempo em frente a uma tela em comparação com o que dedicam a um livro. Não concordo com os especialistas que sugerem distribuir tablets aos alunos. Isso não resolve. A única maneira de prender a atenção das crianças nos dias de hoje é ter professores inspiradores. A tecnologia é fundamental e excitante, mas, sozinha não identifica nem desenvolve talentos.”


- Susan Greenfield (entrevistada pela revista Veja, 9 de Janeiro de 2013, p.15-17)

A partir do trecho acima levantamos as seguintes considerações...

As crianças e os jovens estão cada vez mais fascinados pelas tecnologias, mas o progresso da sociedade não depende apenas delas. A tecnologia vem para facilitar a vida, mas é essencial que os estudantes saibam dos primórdios como as ideias foram se construindo, como antes de aparecerem as máquinas computadorizadas quando o homem conseguia lhe dar com as problemáticas.
O professor deve ser inspirador sim, para o aluno é muito significativo quando o professor se adapta às tecnologias quais seus alunos têm fascínio. O mais desafiador é saber e incentivar aos indivíduos que eles utilizem dos meios tecnológicos como ferramenta de auxilio na construção do conhecimento, mas não como substitutos dos fundamentos.
Um exemplo da importância que a tecnologia tem nas nossas vidas, por Jaime Carvalho e Silva da Universidade de Coimbra em Portugal: “[...] não será fácil nem aconselhável resolver nas aulas problemas numéricos de estatística, mesmo simples, sem o auxílio de máquinas de calcular.” Uma das grandes dificuldades seria como integrar as tecnologias no ensino da matemática, mas o primeiro passo seria sim inseri-las, despertando mais interesse dos educandos.
O caso de oferta de tabletes para os alunos deve ser analisado com bastante cautela, já que por si só não ajudariam no desempenho escolar dos alunos, mas permitiriam um novo encantamento na escola, pelos viés apresentados por José Manuel Moran em seu texto publicado na revista Tecnologia Educacional, onde o mesmo aponta como possibilidades interativas, o contato com a exterioridade do ambiente de aprendizagem para obter melhor nível ou índice do conhecimento, rapidez na pesquisa bibliográfica, dinamismo e inovação na comunicação entre os alunos na troca e resolução de dúvidas. A eficiência da seletividade das informações é o que preocupa os educadores, já que com todo o leque de opções, muitas vezes os indivíduos não tem os critérios adequados e acabam selecionando o errôneo.
O processo ensino-aprendizagem e vice-versa é dependente de numerosos fatores, e tratando do cem por cento pedagógico conservatório e inspirador contra a relação às novas tecnologias, defendo a ideia de MORAN (1995) “[...] fazer um uso libertador dessas tecnologias maravilhosas e não um uso consumista, de fuga.”
Referência
MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e o re-encantamento do mundo (Publicado na revista Tecnologia Educacional), Rio de Janeiro, vol.23, n.126, setembro-outubro de 1995, p.24-26.
SILVA, Jaime Carvalho. A Matemática, a Tecnologia e a Escola – Universidade de Coimbra (Publicado no periódico Educação e Matemática), n.71, janeiro-fevereiro de 2003, p.1-2.

2 comentários:

  1. Olá Kelvin e William,
    gostei muito do blog de vcs, principalmente a postagens sobre os vídeos da APM.
    Vamos continuar movimentando este espaço, postando outras dicas para os colegas! :)
    Abç

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    1. Pode deixar, estamos conectados buscando várias informações, utilidades e curiosidades para postarmos.

      Abraços :D

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